Permanente - Parte VI

Jukebox

Ainda no Taylor's Bar, perto da meia-noite.

E foi entre um balançar de cabeça e um incentivo para que Amanda, a minha parceira de campo, aceitasse o pedido de um dos meninos da mesa ao lado para ir dançar que eu senti a presença fantasmagórica me estendendo a mão para que eu fizesse o mesmo: ir dançar.
Todas nós congelamos no lugar por uns instantes e dois segundos depois alguém estava dando um beliscão depressivo em minha perna e só me veio sorrir em resposta.
Levanto com cautela apoiada em uma das mãos do desconhecido enquanto ele afasta com a outra a cadeira pesada de madeira. Não demorou para que eu reconhece aquele rapaz como sendo o garoto misterioso no canto do bar e do nada, como por mágica ou ação maligna, o jukebox começa a tocar algo dos anos 70 e eu nem sei dizer quem é o cantor. Mas a batida é sedutora, convidativa.
Danço como nunca e a beleza do rosto pálido desorienta minha coordenação motora me transformando num amontoado molengo propício a quedas.
- Júlia Mennone, eu não vou te deixar esquecer essa noite. - ele falou apertando a laço braçal em volta da minha cintura. E foi como a morte me envolvendo, porque eu não havia dito meu nome e eu tenho certeza que as garotas na minha mesa haviam me chamado apenas de Julie e 'Mennone' é o sobrenome do meu pai no qual dificilmente eu uso.
- E antes que amanheça, é bom que você saiba. Prazer, eu sou o Caleb. - falou entre dentes num tom sombrio que me fez querer sair correndo e me esconder no lugar mais distante que eu fosse capaz.
E no momento que o cantor tomou fôlego para cantar a terceira parte da música ouvi burburinhos vindo de todos os lugares. No momento que o cantor recomeçou alguém pausou a música desligando em seguida o jukebox. Eu virei para olhar o homem parado ao lado da máquina de música e ali estava Agostino Bacco imóvel feito pedra, uma mão sobre a arma em sua cintura e a outra repousando tranquilamente dentro do bolso dianteiro do seu jeans surrado. No seu rosto podia-se ler apenas: " - você está encrencada mocinha" e " - se você chegar perto dela de novo, será um homem morto".

Ps: Isso está com cara de livro né gente? Além de estar na parte VI e eu ainda não ter contado quase nada do que vem pela frente, estou dando detalhes demais... =/
E nem sei quando eu vou terminar. Espero ao menos que vocês estejam gostando de verdade.

5 Comentários:

A! comentou:

web novela? rs. eu gosto.
da uma passada lá no meu, beijão. :*

Monique Premazzi comentou:

Amiga, eu estou morrendo por esse conto. Ele realmente parece um livro, se fosse você escrevia com detalhes assim até o final, quando acabar hospeda e coloca o link aqui para mim, os outros tambem, mas para mim PRINCIPALMENTE! Eu quero muito esse conto para mim ler todo depois *-* Li todas as partes outra vez, está otimo, perfeito, maravilhoso, misterioso, tudo o que eu amo em um unico conto. Enfim, continue.

xx

Tati Tosta comentou:

Oi Bell... Estou amando.
Sinceramente apoio você a continuar assim, com os detalhes e afins, mesmo que demore e tals. Está ficando muito bom.

Grande Beijo

E eu aqui esperando a próxima parte^^

Ana Wants Revenge comentou:

"caleb"

eu gosteeeei! :)
beijos
.
.
.

Isadora Beatriz comentou:

Esta com cara de livro mesmo! Pode continuar com detalhes sim, eles são ótimos!
estou amando, beijos.

 
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